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terça-feira, 30 de julho de 2013

Opinião - O Quarto Branco

Título: O Quarto Branco
Autor: P. Barbosa
Ano de Lançamento: 2013
Editora: Smashwords
Número de páginas: 77
Sinopse: Olhava para todos os lados sem parar, procurando um ponto cardeal ou uma estrela polar, uma seta no chão, um aceno no horizonte, uma simples cruz a marcar o lugar, uma premonição, um verso codificado ou um trilho de migalhas no chão; precisava de uma direção. Fiquei por ali, gritando o mais alto que podia, em aflição, que precisava de um caminho, de um rumo e de uma direção, mas como não havia paredes onde o som pudesse ressoar as palavras iam e nunca voltavam. Era incapaz de me ouvir, e só sabia que estava a gritar pela trepidação dos meus ossos que sentia do esforço sobre-humano que fazia. E fiquei naquilo milhares de vezes repetindo, ou milhões ou biliões, pois nunca as contei, até que me calei por meu próprio convencimento. Tal era a soberba ou a surdez do dono daquele lugar.

Difícil
            Não sei que posso dizer sobre este conto… Foi uma coisa difícil de interpretar.
            A história passa-se numa divisão a que se chama “O Quarto Branco”. Quem entra nunca mais sai e de fora não se vê nada a não ser as pessoas a desaparecerem lá dentro. Penso que na maior parte do tempo é-nos transmitida uma sensação de pânico inexplicável numa confusão de palavras sem sentido.
            O conto está dividido em três partes com nomes igualmente estranhos. A Parte 1, que tem 5 capítulos, chama-se “Entrar sem sair”. Confesso a minha enorme confusão, numa deambulação entre passado, presente e futuro e naquela sensação de que a história fica por aí para sempre. Na Parte 2, com 4 capítulos, que se chama “Viajar sem andar”, experimentamos a sensação de que afinal não há nada contra o que lutar pois tudo se parece estar a resolver sozinho. Começa a mais curta história de amor que já li. Na Parte 3, “Sair sem o querer” com apenas 1 capítulo, tudo acaba tão abruptamente quanto começou. Uma confusão!
            Tudo o que posso dizer deste conto tão confuso é que me pareceu ser uma interpretação do que seria morrer. Talvez porque a morte é algo abrupto a que ninguém consegue escapar.