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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Uma Flecha Que Voltou - Capítulo 8: Nem Tudo de Acordo com o Plano

Olá pessoal! :D
Estou mais ou menos de volta. Vão começar a ouvir mais de mim pois eu agora tenho um pouco mais de tempo livre ^^. Como prometido, aqui está mais um capítulo da minha história em que eu a vou acabar nos próximos tempos!! :D
Para aqueles que não têem seguido a história ou já não se lembram muito bem, podem encontrar os outros capítulos na parte Histórias -> Histórias 2013 -> Uma Flecha Que Voltou.
Enjoy ;)

Capítulo 8: Nem tudo de acordo com o plano
                Os vultos voltaram a aparecer e a cena retomou. Proteu ainda cravava a faca no pescoço de Bela, quando de repente, teve uma ideia. Já que o trabalho estaria praticamente feito, lembrou-se de se divertir um pouco antes de o completar.
                Fez aparecer do nada, uma corda na sua mão livre. Enrolou-a em torno dos pulsos dela, que teria previamente agarrado. Sendo um semideus, força era coisa que não lhe faltava, por isso, não lhe custava nada agarrar-lhe os pulsos com uma mão e a faca ao pescoço com a outra. Atou-a a um dos pilares de madeira que formava o alpendre. Sabendo que o marido dela estava petrificado com a cena toda, aproveitou o descuido para arrumar a faca e atar tudo em condições, de maneira a não se desfazer e haver qualquer acidente. Com isso feito, agarrou num bom bocado de fita-cola e tapou a boca da mulher. Assim, evitaria quaisquer gritos desnecessários, cujos, ou dariam em distracções ou nos vizinhos chamar a policia. A isso, Ftono não iria achar muita piada.
                Com isso tudo pronto, estava na hora de se divertir um pouco. Deu meia volta e virou-se para Jason, o pai de Clare, mas este tinha na sua mão uma pistola de mão cujo apontava directamente para o coração de Proteu.
                - Parece que agora quem manda sou eu, seu ladrão de meia tigela.- Disse Jason. Enquanto Proteu pensara que ele estava como uma estátua, Jason retirara uma pistola de mão que se encontrava no tornozelo. Sendo um agente altamente qualificado da Interpol, tinha licença para andar armado enquanto estava fora de patrulha e no momento que chegara a casa, tinha acabado de chegar de uma reunião com as autoridades locais acerca de um caso muito complicado que andavam a desvendar. Mais um dos que querem fazer dinheiro rápido à custa da droga. Ele apenas dizia à sua família que era um empresário, até aos seus próprios filhos. Apenas a sua mulher sabia da verdade pois muitos anos antes, estaria envolvida no meio de uma confusão, cujo deu em se conhecerem.
               Agora que o jogo estaria invertido, Proteu era um alvo fácil, pelo que encontrava-se feito parvo a olhar para Jason, enquanto Bela estava atrás ainda atada e completamente aterrorizada. Sem hesitar, Jason dispara contra Proteu mas o inesperado acontece. A bala perfura Proteu mas apenas pára quando atinge o peito esquerdo de Bela. Jason vê a ferida do clone curar-se de imediato e a sua cara de insatisfação.
           - Estragaste-me a diversão. Estava a pensar ainda em brincar um pouco mas, uma vez que já a mataste por mim, olha, poupaste-me uma trabalheira! – E com isso Proteu ficou envolvido uma luz azul, cada vez mais clara e ofuscante até que desapareceu por completo na luz e de repente a luz também desaparecera, deixando um Jason horrorizado e uma Bela caída.
               Voltou a ficar tudo cromado.
               - Desgraçado! – Gritei. – Como é que é possível?
              Mas a única reacção que obtive foi desprezo. Claro, o “senhor importante”, assassino, a responder de volta?
                Não.. Não podia ter morrido. Uma lágrima começou a formar-se nos meus olhos. Ela era uma pessoa.. boa, conseguira perceber só daquela imagem que tinha visto. Os seus olhos cheios de lágrimas por não saber da sua filha, no dia em que fui lá a casa. Era algo tão raro, nos dias que decorriam, uma mãe verdadeiramente triste pela sua filha. Não queria acreditar que teria morrido...
- Ftono, seu estupor! Como foste capaz?
         Ira começou a formar-se dentro de mim, como há muito não sentira. Via tudo vermelho, estava pronto para matar, ok, talvez  não matar, uma vez que não era possível sem qualquer arma especial ou monstro, mas provocar-lhe dores, tantas que ele vai desejar poder morrer! Melhor ainda! Fazer pior que Prometeus, que teve o seu fígado comido todos os dias por uma águia e renovasse todos os dias para o ciclo continuar, só por ter roubado o fogo a Zeus quando ele o retirou dos humanos, bem, ele ja tinha tentado mata-lo ao envenenar a comida... Mas sim... Isso sim. Um castigo merecedor pelos seus actos.
Tentei levantar-me, de modo a continuar a proteger Clare, pus-me agachado em frente de Clare, virado para Ftonos e Proteu. Eles ainda estavam na conversa. Ftonos estava a ralhar com Proteus por não ter feito de imediato o que lhe pedira, mas acabou por felicita-lo porque ao menos não haveria investigações posteriores, tendo sido o próprio marido a matar a mulher. Ele era verdadeiramente nojento...
Tinha na minha posse apenas as minhas setas e o arco, mas obviamente nesta situação nada disso me serviria, não iria apaixona-los por Clare! Bem, quer dizer, até nem era má ideia... ao menos não a matariam...
Pronto, já tinha um plano. Por mais pequeno que fosse, era um plano. Virei o meu antebraço pronto para retirar uma seta, posicionei o dedo indicador esquerdo na ponta da seta e passou pela tatuagem. Esta começou a arder no sitio da seta. A pele começou a fazer um alto e lentamente uma seta começou a surgir como se vinda de dentro da pele. Agarrei no meu arco, que normalmente carrego as costas quando estou no relmo dos deuses, e apontei para Ftono. Estava mesmo prestes a disparar quando de repente a porta cai no chão e um homem de tamanho grande, barbudo e furioso aparece na entrada. A seta, que com o susto foi disparada, foi contra o tecto, do tecto para o chão num tal ângulo que saltou porta fora e acertou num dos cães infernais de Hades que estava de passagem. Bonito!
- Ora estás aqui, meu ladrão! - disse o homem.