Estou mais ou menos de volta. Vão começar a ouvir mais de mim pois eu agora tenho um pouco mais de tempo livre ^^. Como prometido, aqui está mais um capítulo da minha história em que eu a vou acabar nos próximos tempos!! :D
Para aqueles que não têem seguido a história ou já não se lembram muito bem, podem encontrar os outros capítulos na parte Histórias -> Histórias 2013 -> Uma Flecha Que Voltou.
Enjoy ;)
Capítulo 8: Nem tudo de acordo com o plano
Os vultos voltaram a aparecer e a cena
retomou. Proteu ainda cravava a faca no pescoço de Bela, quando de repente,
teve uma ideia. Já que o trabalho estaria praticamente feito, lembrou-se de se
divertir um pouco antes de o completar.
Fez aparecer do nada, uma corda
na sua mão livre. Enrolou-a em torno dos pulsos dela, que teria previamente
agarrado. Sendo um semideus, força era coisa que não lhe faltava, por isso, não
lhe custava nada agarrar-lhe os pulsos com uma mão e a faca ao pescoço com a
outra. Atou-a a um dos pilares de madeira que formava o alpendre. Sabendo que o
marido dela estava petrificado com a cena toda, aproveitou o descuido para
arrumar a faca e atar tudo em condições, de maneira a não se desfazer e haver
qualquer acidente. Com isso feito, agarrou num bom bocado de fita-cola e tapou
a boca da mulher. Assim, evitaria quaisquer gritos desnecessários, cujos, ou
dariam em distracções ou nos vizinhos chamar a policia. A isso, Ftono não iria
achar muita piada.
Com isso tudo pronto, estava na
hora de se divertir um pouco. Deu meia volta e virou-se para Jason, o pai de
Clare, mas este tinha na sua mão uma pistola de mão cujo apontava directamente
para o coração de Proteu.
- Parece que agora quem manda
sou eu, seu ladrão de meia tigela.- Disse Jason. Enquanto Proteu pensara que
ele estava como uma estátua, Jason retirara uma pistola de mão que se
encontrava no tornozelo. Sendo um agente altamente qualificado da Interpol,
tinha licença para andar armado enquanto estava fora de patrulha e no momento
que chegara a casa, tinha acabado de chegar de uma reunião com as autoridades
locais acerca de um caso muito complicado que andavam a desvendar. Mais um dos
que querem fazer dinheiro rápido à custa da droga. Ele apenas dizia à sua
família que era um empresário, até aos seus próprios filhos. Apenas a sua
mulher sabia da verdade pois muitos anos antes, estaria envolvida no meio de
uma confusão, cujo deu em se conhecerem.
Agora que o jogo estaria
invertido, Proteu era um alvo fácil, pelo que encontrava-se feito parvo a olhar
para Jason, enquanto Bela estava atrás ainda atada e completamente
aterrorizada. Sem hesitar, Jason dispara contra Proteu mas o inesperado
acontece. A bala perfura Proteu mas apenas pára quando atinge o peito esquerdo
de Bela. Jason vê a ferida do clone curar-se de imediato e a sua cara de
insatisfação.
- Estragaste-me a diversão.
Estava a pensar ainda em brincar um pouco mas, uma vez que já a mataste por
mim, olha, poupaste-me uma trabalheira! – E com isso Proteu ficou envolvido uma
luz azul, cada vez mais clara e ofuscante até que desapareceu por completo na
luz e de repente a luz também desaparecera, deixando um Jason horrorizado e uma
Bela caída.
Voltou a ficar tudo cromado.
- Desgraçado! – Gritei. – Como é
que é possível?
Mas a única reacção que obtive
foi desprezo. Claro, o “senhor importante”, assassino, a responder de volta?
Não.. Não podia ter morrido. Uma
lágrima começou a formar-se nos meus olhos. Ela era uma pessoa.. boa,
conseguira perceber só daquela imagem que tinha visto. Os seus olhos cheios de
lágrimas por não saber da sua filha, no dia em que fui lá a casa. Era algo tão
raro, nos dias que decorriam, uma mãe verdadeiramente triste pela sua filha. Não
queria acreditar que teria morrido...
- Ftono, seu estupor! Como foste capaz?
Ira começou a formar-se dentro
de mim, como há muito não sentira. Via tudo vermelho, estava pronto para matar,
ok, talvez não matar, uma vez que não
era possível sem qualquer arma especial ou monstro, mas provocar-lhe dores,
tantas que ele vai desejar poder morrer! Melhor ainda! Fazer pior que Prometeus,
que teve o seu fígado comido todos os dias por uma águia e renovasse todos os
dias para o ciclo continuar, só por ter roubado o fogo a Zeus quando ele o
retirou dos humanos, bem, ele ja tinha tentado mata-lo ao envenenar a comida...
Mas sim... Isso sim. Um castigo merecedor pelos seus actos.
Tentei levantar-me, de modo a continuar a proteger Clare, pus-me agachado
em frente de Clare, virado para Ftonos e Proteu. Eles ainda estavam na
conversa. Ftonos estava a ralhar com Proteus por não ter feito de imediato o
que lhe pedira, mas acabou por felicita-lo porque ao menos não haveria
investigações posteriores, tendo sido o próprio marido a matar a mulher. Ele
era verdadeiramente nojento...
Tinha na minha posse apenas as minhas setas e o arco, mas obviamente nesta
situação nada disso me serviria, não iria apaixona-los por Clare! Bem, quer
dizer, até nem era má ideia... ao menos não a matariam...
Pronto, já tinha um plano. Por mais pequeno que fosse, era um plano. Virei
o meu antebraço pronto para retirar uma seta, posicionei o dedo indicador esquerdo
na ponta da seta e passou pela tatuagem. Esta começou a arder no sitio da seta.
A pele começou a fazer um alto e lentamente uma seta começou a surgir como se
vinda de dentro da pele. Agarrei no meu arco, que normalmente carrego as costas
quando estou no relmo dos deuses, e apontei para Ftono. Estava mesmo prestes a
disparar quando de repente a porta cai no chão e um homem de tamanho grande,
barbudo e furioso aparece na entrada. A seta, que com o susto foi disparada,
foi contra o tecto, do tecto para o chão num tal ângulo que saltou porta fora e
acertou num dos cães infernais de Hades que estava de passagem. Bonito!
- Ora estás aqui, meu ladrão! - disse o homem.