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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Opinião - Diário de Uma (Ainda) Solteira

Título: Diário de Uma (Ainda) Solteira – As Destemidas Reflexões de Uma Aventureira Romântica de 32 anos e meio (The Still Single Papers – The Fearless Musings of a Romantic Adventurer aged 32 1/2 no original)
Autor: Alison Taylor
Data de Lançamento: Outubro de 2013 (2012 no original)
Edição:
Editora: Bizâncio
Número de páginas: 287
ISBN: 978-972-53-0535-5
Sinopse: As raparigas solteiras são hoje em dia mais espertas, mais fortes e mais engraçadas, e Alison Taylor é a sábia voz desta nova geração que anda à procura «do tal», mas que não quer fazer uma lobotomia de personalidade pelo caminho.
            Cobrindo doze meses na vida de uma esperançada (mas não desesperada) romântica, Diário de Uma (Ainda) Solteira revela-nos o que acontece antes de um encontro, durante um encontro e quando não há encontro algum. Deambulando pelos festivais de música, e por várias capitais europeias, acompanhamos esta «doente de amor» cheia de estilo – e os seus amigos – na demanda por divertimento, romance e por alguém que possa amar.
Diário de Uma (Ainda) Solteira calará fundo a uma geração de mulheres modernas, educadas e ambiciosas, que nem querem acreditar que há tão poucos homens adequados, solteiros e heterossexuais, o que não as impede de procurar e de ter esperança, ter esperança e procurar…
(Ainda) Solteira deveria ser um Estado Civil.

Apologia às Mulheres
            Este foi outro dos livros que a Bizâncio me enviou e começo assim por agradecer à editora a oportunidade de o ler.
            Penso que a autora escreveu este livro com o intuito de mostrar aquilo a que as mulheres estão sujeitas nos seus encontros ou “quase encontros”, revelando uma série de momentos disparatados. A obra é também uma apologia às mulheres modernas e independentes que, sendo solteiras, não deixam de se divertir.
            A história está exposta sob a forma de um diário e, como tal, é completamente subjetiva. Toda a narrativa é conduzida sob bases sentimentais e opiniões pessoais da escritora, que é a protagonista de todas as aventuras e desventuras narradas.
            Alison mostra ser uma mulher com um grande senso ortográfico e cultural. A sua personalidade é bastante efusiva e muitas vezes fala sem pensar. Gosta de se divertir e de aproveitar cada momento, esquecendo-se de pensar nas consequências. Tem uma certa personalidade compulsiva no que toca a analisar mensagens e em comunicar ao “mundo todo” as suas mais recentes vergonhas relacionais.
            Este livro não é, em nenhuma circunstância, uma grande obra literária. A ideia fundamental é ser um livro para nos distrair da nossa vida, guiando-nos para a vida da autora. Confesso que esperava, no entanto, uma literatura muito mais divertida do que aquela que é na realidade. A história tem crises em excesso, teimosia em excesso e, acima de tudo, rapazes em excesso (é que a uma dada altura já nem sabia de que rapaz a autora estava a falar e comecei a baralha-los todos). Claro que as situações são tão absurdas que dão certa vontade de rir, mas a partilha das experiências é feita de uma forma bastante pessoal e pouco apelativa a um público mais amplo. Além disso, as menções a locais e estabelecimentos noturnos são tantas que penso que só uma pessoa que os conheça é que consegue acompanhar onde a ação se passa.
            Outra coisa que não gostei, isto porque nunca gosto de pessoas ou personagens assim (ou seja, neste ponto é uma opinião completamente pessoal), foi das situações de bebedeiras exageradamente numerosas, a adoração pelo tabaco e as pessoas fumadoras e uma certa referência em festejar sob o efeito de algumas drogas mais leves. Tudo coisas que desaprovo.
            Enfim, não foi um livro que me tenha feito vibrar e recomendo-o apenas às mulheres solteiras e que gostem do género de factos que referi anteriormente como motivos pelo qual não gostei.


Podem comprar o livro:
- Na Wook – Aqui (atualmente 13,5€)
- Na editora – Aqui (atualmente 13,5€)
Nota: Não existe e-book disponível.